Sindicalista dos enfermeiros admite suspender greve de fome nas próximas horas

Na base da decisão de Carlos Ramalho está o facto de o governo querer voltar a negociar com os enfermeiros

O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Carlos Ramalho, revelou que admitia suspender a greve de fome nas próximas horas, na sequência do anúncio do Ministério da Saúde, que revelou, esta sexta-feira, que as negociações com os enfermeiros iriam ser retomadas em breve.

A informação do regresso à mesa de negociações foi avançada oficialmente ao presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), pela própria ministra.

"A senhora ministra [da Saúde, Marta Temido] telefonou-me e também recebi aqui [no jardim] um elemento do ministério que me veio comunicar isso", contou à agência Lusa Carlos Ramalho. "Estamos satisfeitos, era isso que nós queríamos, retomar as negociações, dialogar, mas o que pretendemos é uma negociação séria", acrescentou.

Questionado se iria suspender a greve de fome, o sindicalista disse que admitia fazê-lo nas próximas horas. "Esta decisão da greve de fome foi uma decisão minha, uma decisão individual, agora vou ter que expor a situação à direção do sindicato e se esta entender que as condições estão criadas, eu suspenderei, com certeza que sim", afirmou.

Recorde-se que Carlos Ramalho entrou em greve de fome na quarta-feira e está desde então nos jardins em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa. O sindicalista disse que só terminaria o protesto quando o Governo retomasse as negociações com o Governo.