"Estamos disponíveis para libertar o piloto indiano capturado se isso diminuir a tensão" entre a Índia e o Paquistão, afirmou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, Shah Mehmood Qureshi, em declarações à GeoTV. O piloto em questão foi identificado como Abhi Nandan, que se tornou o rosto do crescente conflito entre as duas potências nucleares. O primeiro-ministro paquistanês, já pediu negociações com o seu país vizinho, para evitar o risco de um conflito "mal calculado".
Tropas indianas e paquistanesas trocaram fogo ainda hoje, na fronteira da Caxemira, tendo havido combates aéreos no dia anterior. Apesar das tentativas de aproximação de Islamabad, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi não se mostrou particularmente interessado em evitar confrontos. Ainda hoje, num comício dos seus apoiantes, pediu que a "vontade coletiva" da Índia se unisse contra os seus inimigos, considerando que nenhum recuo era possível para que "nada permita ao nosso inimigo levantar um dedo contra nós". Modi é o líder de um partido nacionalista hindu, que pretende galvanizar o conflito para conseguir apoio nas eleições, que serão já este ano.
Quem tenta também capitalizar o conflito é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretende ganhar um Nobel da Paz, à semelhança do seu antecessor, Barack Obama. Trump garantiu, durante a sua cimeira com o líder coreano Kim Jong-un, que "eles [Índia e Paquistão] têm estado em confrontos e nós estado envolvidos a tentar fazê-los parar". Trump garantiu que o único objetivo era "ajudá-los a ambos".