O presidente do PSD, Rui Rio, já fechou a lista para as eleições europeias de dia 26 de maio. A equipa será composta pelos eurodeputados José Manuel Fernandes e Carlos Coelho, apesar do principal rosto da Universidade de Verão do partido ficar em sétimo lugar, uma posição de risco. O também eurodeputado chegou a ser apontado como um nome riscado da lista para as eleições de 26 de maio, mas o presidente social-democrata colocou-o à última hora.
Já o líder da distrital de Braga, José Manuel Fernandes, alcança a terceira posição da equipa, encabeçada por Paulo Rangel.
Graça Carvalho, a antiga ministra do Ensino Superior, assume o quatro lugar, seguida do autarca Álvaro Amaro, que ficará em quinto lugar. Já o PSD/Madeira ficou com a sexto lugar, com a indicação da atual eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar. A decisão resultou de uma regra, aprovada há dois meses, de que apenas uma das Regiões Autónomas ficaria num dos seis primeiros lugares.
Sem surpresas, o antigo presidente do Parlamento, Mota Amaral, fica afastado da equipa porque o presidente social-democrata optou por não ceder às pressões do PSD/Açores. A versão inicial açoriana seria a de um segundo lugar, mas a intenção nunca chegou a bom porto. Rio fez saber desde o início que não estava nos seus planos colocar Mota Amaral nos lugares cimeiros. O visado confessou ao i que não faria questão de um segundo ou terceiro lugar, mas que não iria aceitar um convite de Rio abaixo da quinta posição. Ora, o presidente do PSD só apresentou uma solução: o oitavo da lista, em lugar considerado não elegível, a avaliar pelos resultados das últimas europeias de 2014. Na altura, o PSD concorreu coligado com o CDS e tem, atualmente, seis mandatos no Parlamento Europeu.
O caso dos Açores acabou por gerar polémica entre a direção do PSD nacional e o PSD/Açores, tendo o oitavo lugar sido destinado a um nome indicado pela distrital de Aveiro, liderada por Salvador Malheiro, um dos vice-presidentes do partido. A escolha de Rio recaiu em Ana Miguel dos Santos, jurista de profissão.
Outra das grandes incógnitas até ao início da reunião da comissão política era a de saber a de saber se Miguel Poiares Maduro, antigo ministro-adjunto de Pedro Passos Coelho, aceitaria ficar na lista. O ex-governante anuiu aos pedidos de Rui Rio e assumiu o vigésimo nono lugar, uma posição de suplente, sobretudo simbólica. Isto porque só existem 21 mandatos a votos destinados a Portugal no Parlamento Europeu.
Para a direção do PSD esta atitude foi um sinal de apoio à equipa liderada por Paulo Rangel e também à estratégia de Rui Rio.
O presidente do PSD começou a fazer convites no passado fim de semana, escolhendo Lídia Pereira para número dois da lista.O nome da jovem líder da juventude do PPE foi recebido com agrado até entre os críticos de Rio.
Os restantes convites foram feitos entre segunda e esta quarta-feira de manhã.
Europeias. PSD já tem lista e inclui José Manuel Fernandes e Graça Carvalho
Nomes foram validados na comissão política do partido. Carlos Coelho, eurodeputado há 20 anos, resiste em sétimo lugar.