Depois de Portugal, também a Ucrânia procedeu à naturalização de um avançado nascido no Brasil. Júnior Moraes, goleador do Shakhtar Donetsk, onde é orientado por Paulo Fonseca (e irmão de Bruno Moraes, campeão europeu no FC Porto de José Mourinho e atualmente no Trofense), recebeu a nacionalidade ucraniana esta segunda-feira e pode já estrear-se pela seleção do leste europeu já esta sexta-feira, no jogo no Estádio da Luz contra Portugal.
Esta terça-feira, de resto, o avançado de 31 anos integrou já os trabalhos da seleção liderada pelo lendário Andriy Shevchenko, na preparação para o jogo com a seleção portuguesa, que marca o arranque das duas equipas na fase de apuramento para o Euro 2020.
Júnior Moraes chegou à Ucrânia em 2010, depois de representar Santos, Ponte Preta e Santo André, no Brasil, e Gloria Bistrita, na Roménia, para alinhar pelo Metalurg Donetsk. Passou um ano nos búlgaros do CSKA de Sófia, voltando ao Metalurg em 2012. Na época 2015/16 mudou-se para o Dínamo de Kiev, que representou durante três anos e meio (com uma passagem pelos chineses do Tianjin Tianhai em 2017), e este ano assinou pelo Shakhtar, numa opção que causou polémica. Indiferente às críticas, soma já 21 golos em 31 jogos, sendo o melhor marcador do campeonato (16 golos em 21 jogos).
"A Ucrânia é o país que a minha família e eu escolhemos para viver há sete anos. O nosso filho cresceu aqui e anda na escola cá. Tivemos oportunidades para deixar este país muitas vezes, mas tomámos sempre a decisão de ficar porque somos felizes na Ucrânia", ressalvou Júnior Moraes, em declarações reproduzidas no site do Shakhtar Donetsk, como que a justificar a opção por requerer a nacionalidade ucraniana e agora passar a representar a equipa nacional daquele país.