Praticamente todas as marcas de produtos de higiene têm, na sua gama, um produto que diz ser reparador de cabelos. No entanto, tudo não passa de um mito.
A DECO testou alguns desses champôs e, depois de analisados os resultados, concluiu que reparar o cabelo é uma "missão impossível", uma vez que as células mortas já não se voltam a regenerar, indicando ainda que a única solução passa mesmo por cortar o cabelo.
De acordo com o Regulamento Europeu dos Cosméticos, os argumentos utilizados nos rótulos desses champôs e, consequentemente, na publicidade feita aos mesmos, não podem atribuir-lhes características ou funções que não possuem. "Ora, se o cabelo só tem células vivas na raiz, não será muito honesto dar a entender que o uso de um champô permite restaurar danos", refere a DECO, através de um comunicado publicado esta semana no seu site.
"Vencidas as provas técnicas, é preciso passar no crivo dos utilizadores: os seis champôs foram reembalados em laboratório, para que a marca não fosse reconhecida, e distribuídos por 30 mulheres com cabelo danificado. Estas lavaram a cabeça três vezes numa semana com o mesmo produto, sem usar amaciador. Depois, preencheram um inquérito em que avaliaram uma série de critérios, como consistência, textura, quantidade de espuma, sensação de limpeza e facilidade em aplicar o produto e em pentear o cabelo (seco e molhado). No geral, as avaliações das utilizadoras foram mais baixas do que as dos especialistas, não havendo diferenças entre os champôs que se dizem reparadores e os clássicos", pode ler-se na mesma nota.
O segredo, segundo a DECO, passa apenas por cortar o cabelo: "O segredo dos cabelos bonitos e saudáveis são os cortes frequentes e as escovagens suaves, de preferência com escovas de plástico ou madeira, com dentes largos".