O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa entrou nas escadarias do Palácio de São Bento por volta das 9h45 com um cravo vermelho na mão, ao contrário de Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República que exibia o símbolo que batizou a revolução do 25 de Abril.
Ramalho Eanes e Jorge Sampaio estiveram presente ao contrário de Cavaco Silva, tendo sido o único dos ex-Presidentes da República a não comparecer na Assembleia da República.
Na sessão solene que celebra os 45 anos do 25 de Abril, o PAN pediu uma revolução para salvar o planeta, enquanto o CDS e PSD juntaram-se para criticar o Governo.
"Os portugueses repudiarão qualquer Governo que ouse administrar a 'coisa pública' fazendo uso daquilo que pertence a todos como se se tratasse de uma propriedade de qualquer partido. Rejeitamos que critérios 'clubístico-partidários' ou de nepotismo se sobreponham ao mérito e ao interesse coletivo", alertou Pedro Roque, deputado do PSD.
Filipe Anacoreta Correia, deputado do CDS-PP, defendeu que se exige aos políticos que "sirvam o país com uma ética exigente, um escrutínio constante e um horizonte mais amplo que o mero ciclo eleitoral ou mediático".
A deputada do PCP, Diana Ferreira, defendeu que "será com os valores de Abril que se constituirá o futuro de Portugal – um país mais livre, mais democrático, mais desenvolvido, mais justo e solidário".
Já Heloísa Apolónio, dos Verdes, apelou à participação de todos os eleitores. "Abdicar desse direito de votar, que custou a conquistar, é uma rendição ao conformismo, é deixar nas mãos dos outros a decisão", disse.