Braga-Benfica. Desfile dos onze metros promete acabar no Marquês

Águia goleou (4-1) no Municipal de Braga depois de ter estado a perder. Os primeiros três golos do jogo foram da marca do castigo máximo. Comandante Pizzi não perdoou.

Braga-Benfica. Desfile dos onze metros promete acabar no Marquês

Era considerado por muitos o jogo do título, um rótulo que ganhou ainda mais força depois do tropeção do FC Porto em Vila do Conde. O desaire azul-e-branco deixava o Benfica com duas opções no Municipal de Braga para manter a liderança do campeonato: um empate ou uma vitória. O triunfo era, de resto, o resultado mais apetecível já que permitia aos encarnados isolarem-se no topo da tabela a três jornadas do final da Liga portuguesa.

A águia estava, por isso, ciente da importância que esta 31.ª jornada da Liga assumia, mas nem isso parece ter sido suficiente para entrar com vontade de resolver cedo a questão.

De tal forma que até foi o emblema minhoto a atacar a partida com a vontade de quem acredita que é possível terminar a época com um lugar no pódio.

Aos 35 minutos essa vontade foi, aliás, confirmada por Wilson Eduardo, que colocou os bracarenses em vantagem através da marca do castigo máximo, após falta de Rúben Dias sobre Fransérgio.

Com o marcador inaugurado em Braga, com um resultado que entregava o primeiro lugar ao dragão, os encarnados parecem ter recuperado a lucidez. Não é, contudo, suficiente para mudar o rumo do jogo antes do tempo de descanso.

Pizzi responde na mesma moeda Por esta altura, Sérgio Conceição e companhia tinham motivos para sorrir, mas na segunda parte estava reservado um festival de golos para os últimos trinta minutos da partida.

Se com ferro se mata, com ferro se morre, e foi precisamente da marca dos onze metros que a águia havia de recuperar a liderança.

Em pouco mais de cinco minutos, Pizzi foi chamado duas vezes ao lugar de alta pressão e provou por que razão é comandante de alcunha. Não falhou nenhuma e aos 66 minutos, com três golos de grande penalidade no jogo, o Benfica carimbava a reviravolta na Pedreira. Bruno Lage apanhava a garrafa por esta altura, vendo finalmente a sua equipa longe de meter água. 

O caminho estava mostrado pelo internacional português, mas a equipa quis provar que este desfile está cada vez mais com destino ao Marquês de Pombal.

Rúben Dias ainda foi a tempo de pedir desculpa pelo susto inicial e aumentou a vantagem encarnada, aos 69 minutos, e, quando a festa estava lançada em Braga, Rafa Silva faz o 4-1 final, já nos últimos suspiros.

Com nove pontos por disputar, o Benfica lidera atualmente o campeonato com 78, mais dois que o FC Porto (76), que viu pela primeira vez os adeptos contestarem o técnico Sérgio Conceição desde que este aterrou na Invicta.

O descontentamento dos adeptos portistas culminou com o técnico azul-e-branco a afirmar que se não ganhasse colocava o lugar à disposição em maio.

As três últimas finais O Benfica tem apenas um jogo fora nos últimos três que faltam jogar até ao final da Liga. 
Curiosamente esse jogo é precisamente com o Rio Ave, no Estádio dos Arcos, com a equipa que levou os adeptos portistas à revolta para com o plantel azul-e-branco. Antes deste desafio, Bruno Lage e companhia recebem o Portimonense e, na última jornada, o Santa Clara.

Já o FC Porto, à semelhança da águia, tem dois jogos no Dragão e um fora. A deslocação, todavia, é um pouco maior já que o atual campeão nacional irá até à Madeira defrontar o Nacional.

Antes, na próxima semana, recebe o Desp. Aves e despde-se da prova com a receção ao Sporting.
O leão de Marcel Keizer atravessa uma fase boa da época com nove vitórias consecutivas, oito na Liga.

No sábado venceu traquilamente o V.Guimarães (2-0) e instalou-se no terceiro lugar na tabela com 70 pontos.

Agora, o emblema de Alvalade viu a turma de Abel Ferreira perder com o Benfica, ficando neste momento com seis pontos de vantagem em relação ao emblema minhoto, que ocupa o quarto posto.