Reações sobre situação vivida na Venezuela chegam de todo o mundo

Esta terça-feira, vários militares mudaram a sua lealdade para o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, que pede o fim da “usurpação” no país e apela a que todos os cidadãos saiam à rua para derrubar o governo de Nicolás Maduro.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, já deixou uma mensagem no Twitter, onde afirma que apoia "o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador", colocando-se assim ao lado dos opositores ao regime: "O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia", pode ler-se na rede social. 

Também o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, fez questão de deixar uma palavra à população venezuelana, onde afirma que os Estados Unidos da América estão do lado de Juan Guaidó, reforçando assim o apoio do país “à população da Venezuela, na sua busca por liberdade e democracia”.

Em Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Augusto Santos Silva, pediu que se encontre “uma solução política pacífica na Venezuela”. “Há um movimento militar, ainda não compreendemos a sua dimensão. Sabemos que os militares que se estão a manifestar, estão a manifestar o seu apoio ao presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó”, disse o governante, acrescentando que “a insegurança é evidente” no país.

O ministro pede aos portugueses que vivem na Venezuela que “tomem medidas de segurança” e refere que já foram pré-ativados vários “mecanismos de apoio” por diferentes departamentos do Governo. “Os ministros e membros do Governo estão a exortar os “coletivos” [grupos armados apoiados pelo Governo que agem em situações onde a polícia tem dificuldade em intervir] a agir em defesa do regime de Maduro”, informa o responsável.

Já o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, mostra-se intrigado com o que está a acontecer na Venezuela e, no Twitter, escreveu que este momento de tensão apenas serve para “encher o país de violência”. “Os traidores que se puseram à frente deste movimento subversivo empregaram militares e polícias com armas de guerra na via pública da cidade para criar angústia e terror”, escreveu o cubano.

De Espanha, a reação também não é a de total apoio, uma vez que o Governo de Pedro Sánchez pede que haja um “processo democrático pacífico”, afirmando que deseja que “não se produza um derramamento de sangue”, disse a porta-voz do Governo espanhol, Isabel Celáa, citada pelo La Vanguardia.

"Para nós, Guaidó era e é o representante que pensamos estar legitimado para liderar a transição. Nesse sentido não há dúvida nenhuma. Mas deve ficar claro que Espanha não apoia nenhum golpe militar. Em todo o caso, Guaidó está legitimado para liderar a transformação na Venezuela", diz ainda.

{relacionados}