Catarina Martins diz que ambiente de crise política é “totalmente artificial”

Líder do Bloco afirma que a manhã está ficar marcada “por tentativas de criar um ambiente de crise política”, mas desdramatizou cenário

A coordenadora do Bloco de Esquerda desdramatizou, esta sexta-feira, o que chamou de "tentativas de criar um ambiente de crise política", na sequência da aprovação da reposição do tempo de serviço dos professores por todos os partidos à exceção do PS.

Catarina Martins chegou mesmo a dizer que tal ambiente “é totalmente artificial". Para a bloquista a alteração aprovada pelo parlamento – que estipula que o tempo de serviço dos professores a recuperar é de nove anos, quatro meses e dois dias – "respeita a autonomia negocial do próximo Governo".

Para a líder do bloco, o texto que foi aprovado no Parlamento "limita-se a corrigir" um decreto do Governo que "desrespeita os OE18 e OE19, que explicitamente previam a contagem integral do tempo de serviço de todas as carreiras especiais da função pública para efeitos de descongelamento (ainda que de forma faseada)".

"A solução encontrada para os professores respeita esse faseamento, não representa qualquer acréscimo de despesa no ano em curso e respeita a autonomia negocial do próximo governo", acrescentou.

A bloquista aproveitou ainda a ocasião para sublinhar que “a única despesa extraordinária e não prevista no OE2019 com que o governo se deparou é a que decorre do pedido do Novo Banco. São mais 450MEuro, que o governo já considerou acomodáveis".

Ao contrário de Catarina Martins, quem parece estar a agigantar a questão dos professores e o imapcto que pode ter na relação dos partidos parceiros do Executivo é o presidente do PS, Carlos César.

O também líder parlamentar dos socialistas chegou mesmo a abrir a porta a uma eventual demissão do Governo. Para Carlos César, os partidos deviam ter noção, em especial os que apoiam o Governo no Parlamento, que "o país se torna insustentável e ingovernável se não houver um mínimo de disciplina orçamental".

Recorde-se que o Parlamento aprovou na quinta-feira, só com os votos contra dos socialistas, uma alteração ao decreto do Governo estipulando que o tempo de serviço a recuperar aos professores serão nove anos, quatro meses e dois dias.

Na sequência desta aprovação, o primeiro-ministro António Costa decidiu convocar uma reunião com os membros da coordenação política do Governo para esta manhã. Sendo que o encontro conta também com a presença extra do ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues.

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