O partido Aliança, liderado por Pedro Santana Lopes, acusou os partidos envolvidos na aprovação integral do tempo de serviço dos professores de “desespero eleitoral”.
A comissão executiva do Aliança referiu em comunicado à agência Lusa que “a direita casou com a extrema-esquerda” deixando de lado a responsabilidade de acrescentar 800 milhões à despesa do Estado.
O Aliança lamentou o cenário da última quinta-feira durante a comissão parlamentar de Educação e Ciência: “Como fica demonstrado, em tempo de eleições vale tudo. Os partidos esquecem a responsabilidade e, em desespero, pensam apenas em votos”.
O facto de esta medida acrescentar 800 milhões à despesa do Estado e, sobretudo, de não existir “qualquer plano de pagamento deste montante”, levou o partido de Pedro Santana Lopes a afirmar que “não vale aprovar medidas só porque o desespero eleitoral aperta, a pouco mais de três semana de os portugueses serem chamados às urnas, para que o próximo que vier fique com o problema em mãos”.
António Costa não escapou às críticas do Aliança e o partido acusou o primeiro-ministro de ter feito promessas que “sabia não poder cumprir”.
A comissão parlamentar que decorreu esta quinta-feira deu origem à alteração do diploma onde consta agora a recuperação do tempo integral de serviço congelado dos professores. O diploma foi alvo de alterações aprovadas pelos deputados do PCP, Bloco de Esquerda, CDS e PSD.