JP “indignada” com fim da PPP no Hospital de Braga

“É com um sentimento de profunda indignação a que assistimos à confirmação da transição da gestão do Hospital de Braga para um regime de empresa pública”

A Juventude Popular de Braga manifestou-se hoje “indignada” com a transição da gestão do Hospital de Braga, face às últimas notícias sobre o fim da sua parceria público-privada.

Segundo o presidente da JP de Braga, Francisco Mota, “é com um sentimento de profunda indignação a que assistimos à confirmação da transição da gestão do Hospital de Braga para um regime de empresa pública, pois com a validação desta intenção, o Governo socialista, como de resto tem sido seu apanágio nesta legislatura, resolve efetivar um profundo atentado ao serviço público, ao direito ao acesso à saúde, que tanto diz defender, e consequentemente à qualidade de vida de todos os cidadãos da região do Minho”.

Para Francisco Mota, “o regime de parceria público-privada, no qual se baseou a gestão do hospital bracarense nos últimos dez anos, permitiu aos cofres do Estado uma poupança de 200 milhões de euros, aliada a sucessivas distinções de excelência pelo seu serviço, tendo sido reconhecido, em diversas áreas clínicas, como o melhor hospital do país”.

De acordo com o jovem político, “tais mesmos resultados traduzem-se em mais eficiência e mais qualidade, mais saúde e também mais respeito pelo contribuinte português, sendo que chegados aqui, a mesma ministra, felizmente desautorizada pelo seu próprio partido, maniatada pelos seus parceiros bloquistas e comunistas, que assumiu o propósito de abolir todas as PPP na saúde, pretende mascarar o seu ato desonesto e irracional, apresentando como fundamento para a decisão a “falta de vontade” do privado, que apenas pretende que o estado comparticipe os custos do tratamento de doentes com HIV, esclerose Múltipla e Hepatite C, que representa um montante anual na ordem dos dez milhões de euros”.

Na opinião do líder centrista, a reversão operada, “é uma grande perda para o distrito e para a região, profundamente ignorada por um Estado central míope, que peca pela falta de representatividade dos interesses regionais nos seus principais órgãos”.

“A utilização de mais de um milhão de utentes como cobaias do experimentalismo marxista não deveria passar em claro aos eleitos pelo seu território, sendo profundamente

incompreensível, esta decisão só poderá partir de quem habite num universo paralelo, numa suposta esfera abstrata”, diz Francisco Mota.

“Não sei quanto a esses ou à senhora ministra, mas os problemas de saúde não se curam com ideologia, mas lamentavelmente, voltámos a assistir a uma atuação irracional e com uma profunda loucura ideológica”, ainda segundo o presidente da JP de Braga.

“Para além disso, demonstra mais uma vez um sentimento centralista, de quem decide a partir de Lisboa para o resto do país, sem contacto com a realidade e com o território, sem respeito pelas nossas gentes e munidos de uma cegueira constrangedora”, afirma o mesmo dirigente centrista.

“Perde Braga, o Minho, mas sobretudo perdem as pessoas com um retrocesso incalculável na qualidade do serviço público prestado, revelando a Governação socialista desastrosa, tendenciosa, populista e eleitoralista e este tipo de governantes em nada beneficia os portugueses e asfixiam cada vez mais os serviços públicos, nomeadamente a saúde”, acrescenta Francisco Mota.