INEM responde a críticas sobre helitransporte de Santana Lopes

Recurso ao helicóptero do INEM gerou várias críticas

O INEM esclareceu, esta quarta-feira à noite, que a utilização do helicóptero para o transporte de Pedro Santana Lopes para o hospital se deveu a uma “avaliação clínica”.

"O CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] recebeu o pedido de ajuda para um acidente grave com capotamento, com duas vítimas encarceradas, tendo acionado o helicóptero", explicou fonte do INEM ao Jornal de Notícias.

"Depois, com a avaliação clínica feita pelas equipas médicas no local a uma das vítimas [Santana Lopes], foi usado o helitransporte", acrescentou, garantindo que "jamais o INEM indicou que se tratavam de feridos ligeiros".

O INEM fez ainda questão de sublinhar: "O serviço público prestado 24/24 horas pelo INEM – cuidados de emergência médica pré-hospitalares – é universal, gratuito, e exige igualdade de tratamento para todos os cidadãos que se encontrem em território de Portugal Continental e que dele necessitem, independentemente da sua situação económica, social, cultural, das convicções filosóficas, religiosas ou políticas".

Recorde-se que Pedro Santana Lopes, sofreu um acidente na A1, tendo o seu carro capotado várias vezes. O presidente do Aliança teve de ser desencarcerado pelos bombeiros e foi transportado para o Hospital Universitário de Coimbra (HUC), que fica a cerca de duas dezenas de quilómetros do local do despiste do veículo conduzido pelo ex-primeiro-ministro.

A decisão de recorrer ao uso do helicóptero do organismo, estacionado em Santa Comba Dão, foi muito criticado, em especial na página de Facebook do INEM.

"Gostava que o INEM publicasse nesta sua página qual foi a última vez em que um héli foi mobilizado para uma deslocação tão curta e, principalmente, para transportar um ferido ligeiro. Se o INEM der esse exemplo, apagarei esta mensagem". "Ontem a noite houve um grave acidente com uma vítima bastante grave e por acaso até estava em PCR e o helicóptero não foi mobilizado Enfim assim vai Portugal". "Quantos acidentes graves com capotamento acontecem sem a ativação do helicóptero?", são apenas algumas das reações que foram deixadas na página. Em duas horas havia mais de 360 comentários.

O cabeça-de-lista do Aliança para as eleições europeias, Paulo Sande, também estava no carro e seguiu de ambulância para o Hospital dos Covões.

A A1 Ficou cortada ao trânsito durante hora e meia, em ambos os sentidos, devido à necessidade de pouso do helicóptero.