O militar do Exército, internado desde terça-feira, que teve de ser sujeito a um transplante de fígado que “correu bem” continua com prognóstico “reservado”.
"O 'feedback' que temos é que [a cirurgia] correu bem. Contudo, o prognóstico mantém-se reservado", avançou a porta-voz do Exército, major Elisabete Silva, citada pelo Jornal de Notícias, acrescentando que o Exército está a aguardar a "evolução clínica".
O transplante de fígado do militar David, de 33 anos, tornou-se necessário após “um agravamento da função hepática”, quando estava já internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
O motivo por trás da condição de saúde que obrigou o militar a ter de ficar internado "ainda não se sabe". A informação inicialmente avançada, de que o militar teria sofrido um golpe de calor durante uma prova, "está fora de questão", garantiu a major.
A hipótese de ter sido um golpe de calor foi descartada pelas análises clínicas posteriores, que, no entanto, ainda "não são conclusivas", acrescentou Elisabete Silva.
O Exército já abriu um processo de averiguações à ocorrência para perceber o que terá provocado o estado do militar em causa.
"Não houve excesso de esforço físico, era um esforço físico completamente normal para qualquer militar, as condições a nível de hidratação dos militares estavam completamente garantidas, de alimentação, de apoio médico", afirmou a major, acrescentando que "faz parte do processo de averiguações perceber se, da parte do Exército, houve alguma condicionante para levar a este tipo de situação".
Marcelo Rebelo de Sousa visitou o militar ainda antes da cirurgia, na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, segundo uma nota publicada no site da Presidência da República.