Decretada prisão preventiva de Mustafá

Relação revoga medida de coação aplicada por juiz Carlos Delca no caso do ataque à Academia de Alcochete

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) ordenou a prisão preventiva do líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, no âmbito do processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, em 15 de maio de 2018.

Os juízes desembargadores deram assim provimento ao recurso do Ministério Público, apresentado por Cândida Vilar.

A procuradora interpôs recurso da decisão do juiz de instrução criminal Carlos Delca, que aplicou ao arguido uma medida de coação menos gravosa.

Mustafá ficou sujeito apenas a apresentações diárias às autoridades e pagamento de uma caução de 70.000 euros, em novembro de 2018.

"Existem sérios perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação de inquérito, de fuga e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas", lê-se no despacho do tribunal, a que a agência Lusa teve acesso.

A decisão da Relação revoga a decisão do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, justificando a nova medida de coação com o facto de Mustafá estar acusado de tráfico de droga, ter antecedentes criminais e estar a ser julgado no processo de assaltos violentos a casas, que envolve o ex-inspetor da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão, por crimes de associação criminosa, roubo ou sequestro.