Nuno Melo, cabeça-de-lista do CDS-PP para as eleições europeias do próximo dia 26, explicou este sábado a posição do Partido Popular em relação a este ato eleitoral, depois de na véspera, no jantar no Montijo, ter deixado bem expresso o objetivo de ficar à frente de Bloco de Esquerda e PCP.
"Direita democrática, direita da tolerância, em que gravitam liberais, democratas-cristãos e conservadores. Somos isso tudo. O PSD sofreu um reposicionamento ao centro, como Rui Rio assumiu há poucos dias, mas nós somos de direita com muito orgulho. Não somos é de extrema-direita. Distinguimo-nos e combatemos essa extrema-direita para que a direita que existe em Portugal possa prevalecer nas urnas", salientou Nuno Melo, frisando bem o desejo do CDS de ocupar o espaço eleitoral à direita e transmitindo uma mensagem de tolerância para a Europa, que vai assistindo a um crescimento de movimentos populistas e conotados com a extrema-direita.
Na mesma ação de campanha, em Oliveira do Bairro, Nuno Melo atacou Mário Centeno, revelando mesmo que irá pedir na Assembleia da República uma audição ao Ministro das Finanças. "Não compreendemos que, em plena campanha eleitoral, o ministro socialista Mário Centeno se permita dar indicação institucional a Bruxelas da disponibilidade para impostos europeus, à margem de qualquer autorização do parlamento e basicamente impondo a todos os portugueses aquilo que eventualmente os portugueses não querem”, afirmou, completando a ideia: "Não é sério, em campanha eleitoral, um ministro socialista comprometer o Estado português com impostos que são europeus, basicamente abdicando uma parcela muito relevante a soberania do país".