A greve iniciou-se pelas 8h desta segunda-feira e conta com a adesão de “todos os médicos anestesistas à exceção da diretora de serviço”, tal como referiu Roque da Cunha, Secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, à agência Lusa.
A administração do hospital garantiu que a qualidade dos cuidados de saúde prestados tem "sido sempre e impreterivelmente assegurada", apesar da falta de anestesiologistas. Por outro lado, os médicos do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) acreditam que são necessários mais especialistas para um hospital onde existem cerca de 120 mil utentes sem médico.
De acordo com Roque da Cunha, em declarações à Lusa, “os anestesistas têm um bloco operatório, bloco de partos, têm imensos exames (TAC, colonoscopias e endoscopias)” e também tem de se ter em conta "a exaustão dos responsáveis" do serviço da anestesia.
Até sexta-feira, pelas 20h, os médicos lutarão pelo reforço da equipa de urgência: para que existam quatro médicos anestesistas que assegurem a segurança clínica no bloco operatório, no bloco de partos, na unidade de cuidados pós-anestésicos, na reanimação intra-hospitalar e em atividades fora do bloco operatório (como salas de TAC ou laboratório de hemodinâmica).
[Estão] "assegurados os serviços mínimos com escalas dos serviços de urgência, lavrados pelos sindicatos, que vão ter mais médicos do que aqueles que ocorrem hoje nos serviços normais" avançou ainda o líder do Sindicato Independente dos Médicos.