O Ministério Público acusou dois elementos da claque No Name Boys pela prática de crimes de ofensa à integridade física qualificada e de resistência e coação sobre funcionário na sequência de desacatos ocorridos em janeiro em Ponta Delgada, no dia em que o Benfica derrotou o Santa Clara por 2-0.
Segundo a investigação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Ponta Delgada, “no essencial, ficou suficientemente indiciado que, na noite de 11 para 12 de Janeiro de 2019, após o jogo de futebol entre o Clube Desportivo Santa Clara e o Sport Lisboa e Benfica, no exterior de uma discoteca de Ponta Delgada, os arguidos e outros elementos da referida claque agrediram o proprietário da discoteca no rosto, desferindo-lhe um forte golpe com uma garrafa de vidro, que se partiu”.
Os investigadores concluirão que os adeptos do Benfica “haviam estado a consumir bebidas alcoólicas no referido estabelecimento tendo saído sem pagar…”
Mas nem com a chegada da Polícia os ânimos terão acalmado. “Chamada a PSP ao local, os arguidos e outros elementos (alguns não identificados) da claque prosseguiram com os desacatos, arremessando garrafas, pedras e paus às forças policiais, as quais tiveram que efetuar diversos disparos para repor a ordem e segurança públicas”, acrescenta o comunicado emitido ontem pela Procuradoria Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
O arguidos que no período de desacatos assumiu uma posição de líder do grupo encontra-se atualmente sujeito à medida de coação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.