Joe Berardo admitiu esta quinta-feira que se excedeu durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
"Tenho que admitir que, no calor da discussão, me excedi, dando algumas respostas impulsivas e não devidamente ponderadas", começou por referir o empresário, num comunicado citado pela agência Lusa, acrescentando ainda que “certamente” não foi sua intenção "ofender quem quer que seja, muito menos faltar ao respeito devido à Assembleia da República".
"Adoro o meu país e quem me conhece sabe que jamais faltaria ao respeito a um órgão de soberania", frisou.
Para Berardo, a sua ida ao parlamento foi um “intenso interrogatório” de “cinco horas e trinta minutos”, "regido por regras políticas" que o empresário admite não dominar "nem querer dominar".
De acordo com a agência Lusa, Joe Berardo afirmou ainda que "teria sido mais fácil (…) não responder às perguntas" e esconder-se "em ataques de 'amnésia seletiva', como tem acontecido com frequência" na comissão de inquérito. No entanto, acrescenta que não o fez “por respeito ao parlamento e aos portugueses".
O comendador disse ainda que foi uma “pena” que ninguém o tenha questionado "sobre o objeto dessa mesma comissão, a recapitalização da Caixa e os atos de gestão da mesma".
"Desde essa data tenho servido de 'bode expiatório' de todos os males do sistema financeiro português desde 2007. Não vou aceitar passivamente", defendeu.
"Adoro o meu país, e jamais foi minha intenção ofender os meus compatriotas", rematou.