Hans Herbert Grimm é o nome do escritor de uma obra que esteve perto de ser eliminada da História mas, agora, fará para sempre parte da mesma. O doutorado em Filosofia e Estudos Alemães e professor na cidade alemã de Alternburg, publicou anonimamente, em 1928, a obra “Schlump” (em alemão, significa lento e inepto).
Inspirado na participação de Grimm na Grande Guerra de 1914-18, o livro foi queimado nos autos de fé nazis, em 1933, e desapareceu da memória coletiva. Mas o autor, com receio de ser descoberto, preso e perseguido, escondeu “Schlump” dentro de uma parede da sua casa.
Enquanto a mulher o aconselhava a fugir, o docente continuou a dar aulas, inscreveu-se no NSDAP – partido nazi – e serviu como intérprete na frente ocidental, na Segunda Guerra Mundial. Trabalhou como encenador e como areeiro mas, no verão de 1950, foi convocado para se apresentar em Weimar. A 7 de julho desse mesmo ano, suicidou-se quando a mulher não se encontrava em casa.
Sublinhe-se que “Schlump” foi queimado pelos nazis, em 1933, por ter um tom satírico e anti-guerra.