Marisa Matias reagiu às primeiras projeções com um sorriso que não escondia a felicidade pelo resultado: “Tal como fizemos até agora vamos usar cada um dos votos […] para defender os serviços públicos, para garantir que os problemas concretos das pessoas sejam resolvidos e [garantir] os seus direitos”.
“Nós cumprimos aquilo que prometemos, obrigada por nos ajudarem a cumprir ainda com mais força”, disse a cabeça de lista do Bloco de Esquerda, frisando por diversas vezes que o partido passa a ser a terceira força política com mais força.
“Nós trouxemos a esta campanha temas europeus e dissemos que não há diferença entre questões europeias e questões nacionais”, afirmou, acrescentando: “As pessoas reconhecem o trabalho que tem sido feito”.
Sobre a evolução da extrema direita na Europa, Marisa Matias, defendeu também o papel que o Bloco tem tido: “Eu creio que o BE sempre foi a força que trava a politica da extrema direita e a do lobby […] Nós travamos a extrema direita defendendo as pessoas […] e dando respostas aos seus problemas”.
Lançando críticas à politica liberal que “não só não travou a extrema direita como não resolveu problemas”, Marisa Matias recordou ainda que nunca foi avançada nenhuma percentagem ou representação como objetivo, dado que teriam de ser as pessoas a decidir: “Os votos não são nossos, são das pessoas”.
“Com esta eleição cumprimos todos os objetivos. Os objetivos eram sairmos reforçados e sermos a terceira força política”, disse, concluindo que tanto na Europa, como em São Bento ou nos vários municípios, o Bloco de Esquerda tem as mesmas preocupações.
O mapa político “está a mudar” e a direita sai derrotada, voltou a defender ontem Marisa Matias, antes de ser perder por entre cânticos e palmas dos militantes.