Neymar já não é o capitão da seleção brasileira. Ou, pelo menos, não o será na próxima Copa América, que decorre precisamente no Brasil de 14 de junho a 7 de julho (o escrete integra o grupo A, tendo como adversários o Peru, a Venezuela e a Bolívia): nesta competição, será Daniel Alves, seu colega de equipa no PSG, a envergar a braçadeira.
"A decisão foi comunicada por Tite a Neymar no último sábado. Após o treino de domingo, o treinador conversou com Daniel Alves para informá-lo da sua escolha", pode ler-se no comunicado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), onde é revelado ainda que o lateral-direito já "será o capitão da seleção brasileira nos amigáveis contra o Catar e Honduras".
Não é, de todo, estranho que Daniel Alves assuma esse estatuto: afinal de contas, é o jogador da lista com mais internacionalizações pelos canarinhos (138). O que é surpreendente é o facto de o selecionador brasileiro tomar esta decisão poucos meses depois de ter nomeado Neymar como capitão, pondo assim fim a um período em que alternava o capitão de jogo para jogo (foram 16 jogadores diferentes a assumir essa responsabilidade no reinado de Tite, iniciado em 2016). "O tempo passa, as pessoas crescem e amadurecem. Ao longo deste tempo que trabalhámos com o Neymar, tivemos situações importantes e ele teve consciência e discernimento", dizia Tite em setembro.