Depois de Juan Guaidó ter sido acusado de corrupção, o Ministério Público anunciou esta terça-feira a abertura de uma investigação ao presidente interino da Venezuela. Segundo o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, Guaidó desviou fundos para assistência a cidadãos venezuelanos na Colômbia.
“Ele (Juan Guaidó) dirigiu pessoalmente a máfia de corrupção, uma vez que de maneira discricionária nomeou os cidadãos que desviaram os fundos e os usaram de maneira vergonhosa", acusou o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab durante uma conferência de imprensa em Caracas, citando o Notícias ao Minuto.
Para Saab, Juan Guaidó é o "autor moral" do alegado desvio de dinheiro de empresas venezuelanas no estrangeiro para contas pessoais e o Governo colombiano tem provas documentais que mantém em seu poder.
A acusação surgiu depois de um portal digital, o Panam Pos ter acusado Rossana Edith Barrera Castillo e Kevin Javier Rojas Peñaloza, designados por Juan Guaidó para administrar os fundos destinados a assistir a venezuelanos que se encontram em Cúcuta, de alegadamente se terem apropriado do dinheiro.
"Eles falsificaram faturas para fazer ver que pagavam hotéis onde se alojavam venezuelanos, mas que na realidade eram despesas pagas pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Além disso, inflacionaram os números de alegados militares desertores que se encontravam em Cúcuta para justificar o esbanjamento de dinheiro", acrescentou o procurador.
Segundo Tarek William Saab trata-se de um facto de muita gravidade "pois o deputado Juan Guaidó, com o apoio dos Estados Unidos e outras potências estrangeiras, tem pretendido usurpar o cargo de Presidente da República e é chefe direto dos envolvidos".