Mais perto dos quartos-de-final, mas muito mais longe dos adeptos. O Brasil podia ter selado as contas do apuramento na partida disputada esta madrugada frente à Venezuela, mas não foi além de um 0-0 que valeu muitos apupos por parte do público presente no Arena Fonte Nova, em Salvador.
A seleção canarinha até marcou – e em dose tripla, por Roberto Firmino, Gabriel Jesus e Coutinho. Os três tentos, todavia, foram anulados… e sempre por culpa do avançado do Liverpool: no primeiro, fez falta sobre um adversário; no segundo, estava em fora-de-jogo ao receber a bola que haveria de passar depois para Gabriel Jesus; no terceiro, já aos 87 minutos, a bola rematada por Coutinho desviou nele e o VAR considerou existir fora-de-jogo.
Éder Militão, na prova ainda em representação do FC Porto, apesar de já estar contratado pelo Real Madrid, voltou a não sair do banco no escrete. Do lado venezuelano, grande exibição de Osorio, central dos quadros dos dragões que atuou em 2018/19 no Vitória de Guimarães, com Jhon Murillo, extremo do Tondela, também a merecer nota positiva.
O Brasil mantém-se na frente do grupo A, agora com os mesmos quatro pontos do Peru, que bateu a Bolívia por 3-1 e com quem se irá encontrar na última jornada. A canarinha tem vantagem na diferença de golos e, dado passarem os dois melhores terceiros de entre os três grupos, será válido dizer que não tem o apuramento em causa, mesmo que perdesse frente aos peruanos e a Venezuela (dois pontos) vencesse a Bolívia.
No Maracanã, a surpresa que existia até muito perto do intervalo desvaneceu-se na segunda parte. Os bolivianos (não será descabido dizer que serão provavelmente a seleção sul-americana mais fraca da atualidade) estiveram em vantagem, com penálti apontado por Marcelo Moreno aos 28', mas tudo mudaria na segunda parte, e com contributo claro do "velhinho" Paolo Guerrero.
O histórico avançado peruano, já com 35 anos, fez o empate ainda no primeiro tempo, numa desmarcação que surpreendeu a defesa e o guarda-redes da Bolívia. Com dez minutos volvidos na segunda parte, Farfán, outro histórico, marcou de cabeça, após centro de Guerrero, e recolocou a normalidade no resultado, no que foi o seu primeiro golo na competição… desde 2004. Na última jogada do encontro, e com a Bolívia a tentar o tudo por tudo, Edison Flores, assistido por Farfán, fechou a contagem em contra-ataque, picando a bola sobre o guarda-redes contrário, depois de o sentar.