A mudança de João Félix para o Atlético de Madrid, ainda por oficializar mas cada vez mais perto de se tornar uma realidade (ver páginas 40/41), fará do jovem avançado português o reforço mais caro da história do Atlético de Madrid. Mas não só: os 120 milhões de euros que os colchoneros irão deixar nos cofres do Benfica tornarão Félix o jogador português mais caro de sempre.
Para trás fica Cristiano Ronaldo, que detinha esse estatuto há precisamente dez anos, desde que no verão de 2009 trocou o Manchester United pelo Real Madrid por 94 milhões de euros. Um valor batido no último defeso novamente pelo CR7, então com a mudança de Espanha para Itália, com a Juventus a pagar 117 milhões de euros aos merengues.
Muito longe vão já os tempos de ser Luís Figo o protagonista da transferência mais bombástica da história. Naquele verão de 2000, quando decidiu abandonar o Barcelona e juntar-se ao Real Madrid, tornou-se o mais caro jogador até então: foram 60 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão – considerada uma loucura na altura. Hoje, Figo ocupa um “modesto” 35.º lugar no ranking, ao lado de outros quatro atletas – entre os quais Luka Jovic, reforço… do Real Madrid para a próxima temporada. Hazard, a contratação mais cara dos merengues neste defeso (para já), custou 100 milhões… e já nem entra no top-5. Outros tempos…
Neymar ainda lidera João Félix passará também a ocupar um lugar de destaque a nível mundial neste ranking específico. O internacional português entrará diretamente para o quinto lugar na lista das transferências mais caras do mundo – a par de Griezmann, que deverá deixar o Atlético de Madrid e assinar pelo Barcelona pelos mesmos 120 milhões –, só atrás de Neymar, Coutinho, Mbappé e Dembélé.
Por agora, ninguém parece prestes a conseguir ultrapassar nem sequer igualar os números que rodearam a transferência de Neymar no verão de 2017, quando o PSG desafiou toda a lógica e desembolsou 222 milhões de euros para bater a cláusula de rescisão do avançado brasileiro no Barcelona. Curiosamente, neste momento o internacional canarinho encontra-se num braço-de-ferro verbal com os dirigentes do clube parisiense, tendo já aberta a porta de saída – e não será certamente preciso que nenhum clube pague o valor da cláusula (400 milhões!!!) para o levar.
Exatamente na mesma situação está Coutinho, o nome que vem logo a seguir. O médio brasileiro não foi feliz com a troca do Liverpool pelo Barcelona, em janeiro de 2018, apesar dos incríveis valores envolvidos: 145 milhões. Pelo contrário, Mbappé e Dembélé, terceiro e quarto jogadores mais caros da história, têm rendido em campo exatamente o que se esperava deles quando PSG e Barcelona avançaram para as respetivas compras (por 135 e 125 milhões), ambas no verão de 2017 – embora a efetivação da transferência do prodígio francês ex-Mónaco só se tenha verificado um ano depois, de modo a que o gigante de Paris pudesse contornar as questões relativas ao fair-play financeiro.
E depois há Pogba, provavelmente o nome que iniciou esta “loucura” a que se assiste hoje. No verão de 2016, o Manchester United, então sob a liderança técnica de José Mourinho, resolveu pagar uns insanos 105 milhões de euros para resgatar o médio francês à Juventus. No regresso a Old Trafford, porém, Pogba só a espaços foi dando mostras do seu talento e têm sido, desde então, constantes os rumores que o dão como estando de saída. Este defeso, obviamente, não foge à regra: do United ao Barcelona, passando pela Juventus ou PSG, vários parecem ser os destinos para a saída. Por agora, ainda assim, nada de fumo branco.