Nikos Metaxas, militar greco-cipriota de 35 anos, foi condenado esta segunda-feira a sete penas de prisão perpétua pelo assassinato de quatro filipinas, uma romena e uma nepalesa. Entre as vítimas, constavam duas crianças. De acordo com as autoridades do Chipre, citadas pelo The Guardian, a primeira vítima morreu em setembro de 2016 e, a última, em agosto de 2018.
As mulheres procuravam emprego na ilha como empregadas domésticas, sendo que conheciam o militar, divorciado e pai de dois filhos, através de sites de encontros. "O acusado montou uma campanha para matar mulheres indefesas", foi afirmado em tribunal, pela acusação, e noticiado pela AFP. O homem, que se declarou culpado desde a abertura do caso, apresentou “as desculpas às famílias das vítimas e às almas das mesmas”.
Metaxas foi detido a 18 de abril, quatro dias após um turista alemão ter encontrado um primeiro cadáver enquanto fotografava poços no sudoeste de Nicósia. O corpo de Mary Rose Tiburcio, uma filipina, emergiu à superfície pois as chuvas torrenciais inundaram os poços da região. Porém, segundo a BBC, o militar não sabe quais foram os motivos que o levaram a cometer os factos criminosos. “Ainda não encontrei a resposta” adiantou Metaxas em tribunal.
O indivíduo, que também enfrentou acusações de rapto, pretende ser cobaia em investigação científica para que a sua mente seja explorada. Para a polícia, a sua forma de descrever os crimes é “peculiar”, pois confessou tudo, até ter ocultado cadáveres em malas de viagem e colocado, por cima destas, blocos de cimento.
O homem foi condenado a sete penas de prisão perpétua. Devido à escalada de crimes na ilha, na qual se incluem estes assassinatos em série, o chefe da polícia Zacharias Chrysostomou foi despedido e o Ministro da Justiça Ionas Nicolaou demitiu-se.