O PS quer que os alunos do ensino secundário aprendam primeiros socorros nas aulas de Educação Física.
O projeto de resolução do PS recomenda que o Governo introduza na referida disciplina um módulo teórico e prático, de frequência obrigatória, em Suporte Básico de Vida (SBV), que inclua formação em Desfibrilhação Automática Externa (DAE).
O documento dos socialistas, citado pelo jornal Público, recomenda que a formação seja dada por profissionais com certificação credenciada e sugere ainda a realização de campanhas de sensibilização e informação para a prevenção e combate à morte súbita cardíaca em locais públicos.
O PS justifica este projeto de resolução com o facto de as doenças cardiovasculares serem a principal causa de morte na Europa, estimando-se que ocorram cerca de 350.000 mortes por ano, o que representa cerca de 40% das causas de óbitos antes dos 75 anos” .
“Segundo a Associação Portuguesa de Arritmologia morrem em Portugal vinte e sete pessoas por dia vítimas de morte súbita, mais de uma vítima por hora. A agravar esta realidade, a maioria da população portuguesa não sabe, em geral, prestar os primeiros socorros e o acesso a DAE é ainda muito reduzido (só dois DAE por 10 mil habitantes)”, realça o documento, acrescentando ainda que “o pronto exercício de manobras de reanimação”, o uso de desfibrilhador automático externo e “a ativação dos meios de emergência médica são determinantes no socorro às vítimas de paragem cardíaca, contribuindo para a redução do número de óbitos”.
“É determinante que estas ações sejam iniciadas por quem se encontre mais próximo da vítima, sendo esta medida unanimemente aceite pela comunidade médica nacional e internacional”, defende o PS, relembrando várias recomendações que já haviam sido feitas neste sentido.
Assim, os socialistas propõem que em “estreita articulação” com o Ministério da Educação passe a ser “obrigatório por lei” o ensino de SBV e DAE, no ensino secundário.
Em caso de aprovação, o PS assegura que este projeto vai permitir que no futuro “ninguém possa finalizar a escolaridade obrigatória sem ter tido contacto, conhecimento e prática em SBV e DAE”.