O ministro das Infraestruturas e da Habitação e dirigente socialista, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje em entrevista no Jornal da Noite da SIC que o trabalho conjunto do PS com os parceiros à esquerda "veio para ficar", na medida em que "o povo português está satisfeito".
O ministro do executivo de António Costa recusou-se a comentar as críticas de dirigentes socialistas, como as que Carlos César teceu aos parceiros do BE, salientando que a ‘geringonça’, “o país e a esquerda tiveram uma vitória sem precedentes”. O político disse também que é “do PS” desde que nasceu e quer que o partido “tenha o melhor resultado possível [nas eleições legislativas]” porque “nunca mais vai ser igual a antes de 2015”. Ainda que o ato eleitoral não se tenha realizado, Santos acredita que o trabalho realizado veio para ficar.
"Estes quatro partidos souberam fazer o que nunca tinham conseguido (…). Para o sucesso desta governação contribuíram o PS, o PCP, o BE e o Partido Ecologista Os Verdes (…). A esquerda, hoje, sabe trabalhar em conjunto e sabe produzir resultados" esclareceu também ao canal de Carnaxide. No que diz respeito à controvérsia dos prémios da TAP, o ministro confirmou que a relação de confiança do Estado com o acionista privado da mesma “saiu fragilizada”.
Santos não esqueceu ainda de abordar o plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar "material circulante encostado" e o contrato de 187 trabalhadores para a CP e a EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), anunciado durante a tarde pelo próprio após o Conselho de Ministros.