O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) anunciou, esta quinta-feira, uma greve geral a partir de terça-feira, dia 2, até sexta-feira, dia 5, e apelou a adesão de todos os enfermeiros e dos trabalhadores das restantes estruturas sindicais.
Depois de reunir com a ministra da Saúde na quarta-feira, o sindicato considerou que apesar de alterações da tutela, os maiores problemas do setor ainda estão por resolver.
O Sindepor mostra-se preocupado com o establecimento da nova quota de 620 enfermeiros especialistas. visto a tutela ter garantido que este seria “apenas um número de referência” e que as situações terão de ser avaliadas “caso a caso”, com abertura do Governo para “ajustes pontuais”, citando a agência Lusa.
A nova carreira, aprovada em maio e aplicada em julho é também um ponto insatisfatório para o sindicato que apresenta alguns receios com a transição dos profissionais. A estrutura sindical reivindica ainda o descongelamento dos Contratos de Trabalho em funções Públicas (CTFP) que transitaram em 2011, 2012 e 2013.
Uma das questões mais colocadas pelo grupo, e que este garante ir avançar para um processo judicial, é o porquê enfermeiros que estavam “corretamente posicionados” estarem agora “a ser obrigados a ver as suas corretas progressões anuladas”.
O processo de avaliação de desempenho pelo SIADAP é feito de uma forma insatisfatória para o sindicato que defende a sua alteração. O tratamento igualitário necessário para os CTFP e os Contratos individuais de Trabalho (CIT), “à semelhança do acordo realizado na Madeira e nos Açores que se encontra em fase final de negociação” é um dos pontos reivindicados pelo Sindepor.
A greve vai coincidir com a paralisação dos médicos, agendada para os dias 2 e 3 de julho.