Ao contrário do partidos e do primeiro-ministro, o Presidente da República ainda não quis assumir formalmente nenhuma posição sobre o tema. Mas, em 2015, antes de ter confirmado a candidatura à Presidência da República, Marcelo admitiu ser aficionado das touradas, incluindo dos espetáculos com touros de morte. «Já assisti diversas vezes a faenas sensacionais que terminaram com a morte do toiro, sobretudo em Espanha, e não me lembro de ter ficado indignado com o facto», afirmou em declarações ao jornal O Mirante. Na altura, Marcelo citou os exemplos de Manuel Alegre e de Pablo Picasso como homens de esquerda desfesores da ‘festa brava’ e considerou ainda «incompreensível» haver «pessoas e movimentos que se opõem à realização de touradas em Portugal».
O SOL questionou Belém sobre esta matéria, mas até à hora de fecho desta edição não recebeu qualquer resposta.
Entretanto, a Prótoiro garantiu ao SOL que o Presidente aceitou o pedido de audiência da associação enviado a 7 de novembro de 2018, mas ainda não a agendou. A Prótoiro considera que o chefe de Estado já «devia ter tido uma posição mais clara, porque é a sua obrigação enquanto garante da Constituição», disse ao SOL Hélder Milheiro.
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