Portugal é, na realidade, uma ‘indústria’ de topo no desporto a nível mundial.
Apesar de a moda ser a dedicação total ao futebol – e apesar de o povo venerar o desporto-rei -, o hóquei em patins já nos deu muito mais alegrias que o futebol.
Já fomos reis, com António Livramento, Vítor Hugo, Tó Neves, Paulo Almeida, Paulo Alves, Pedro Alves, entre outros.
Lembro-me de esperar pelas transmissões na antiga RTP2, dos jogos em direto desta modalidade ímpar que deu muitas alegrias ao nosso país.
Hoje é a televisão por cabo, que nos deixa rever as alegrias deste campeonato do mundo.
Ganhou Portugal, ganhámos, fomos os melhores, sem discussões, sem ajudas, com convicção, e, espírito de equipa.
Não vou, nem devo dizer, que este jogador ou aquele foi melhor ou pior. No hóquei em patins há uma força inigualável na península ibérica, que não está ao alcance de qualquer outra região no mundo.
Além do caráter estrutural, do trabalho da federação, do trabalho dos clubes nacionais, com menos recursos que qualquer equipa de futebol, é de se louvar o esforço conjunto de todos os intervenientes, sem esquecer, o presidente da federação, os responsáveis pelas modalidades dos nossos clubes nacionais, responsáveis pela formação, treinadores, staff técnico, e, jogadores nesta caminhada triunfal para elevar bem alto o nome de Portugal.
O Presidente de todos nós, o Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, honrou os nossos campeões, em nome de todo o país.
Os nomes dos novos campeões do mundo nacionais deviam, e, devem ser emoldurados com letras douradas.
Podíamos e devíamos retirar alguns ensinamentos sábios com os reis do desporto nacional, que é catapultar o nome do país ao mais alto nível.
Esta nova geração está de parabéns, apesar de não receberem os salários principescos dos jogadores de futebol, basebol, ténis, golfe, fórmula 1, entre outros.
O hóquei em patins traz uma lufada de ar fresco para os praticantes, e, fãs deste desporto. Os mais recentes campeões do mundo estão longe de serem apenas mais uns praticantes normais do hóquei, já deixaram um legado inigualável para as próximas gerações.
Estas considerações conduzem-nos agora a uma linha de pensamento, onde todos os que estão em contacto direto ou indireto com a comunidade internacional, são embaixadores de Portugal.
Não precisamos ser diplomatas, para sermos embaixadores, porém, também podíamos ser.
Somos grandes, somos Portugal.