A síntese de execução orçamental, divulgada esta quinta-feira pela Direção Geral do Orçamento (DGO), mostra que, no primeiro semestre deste ano, o Estado arrecadou mais 1.420,7 milhões de euros em impostos do que em igual período do ano anterior.
"No primeiro semestre de 2019, a receita fiscal líquida do subsector Estado registou um aumento de 1.420,7 milhões de euros face ao período homólogo", refere o documento da DGO, que explica que este aumento se deve, principalmente, à evolução da receita do IVA e à forte influência do desempenho das receitas de ISP, IRS, IT e IRC".
Ao todo, nos primeiros seis meses do ano, o Estado arrecadou 20.118,5 milhões de euros de receita fiscal, o que representa um aumento de 7,6%.
Os impostos diretos registaram uma subida homólogoa de 3,9%, refere a DGO. Este valor é explicado pelo acréscimo de 4,7% do IRC e de 3,7% do IRS, numa atura em que o reembolso de IRS relativo a 2018 já estabilizou. No final de junho, o valor do reembolso do IRS totalizava 2.588 milhões de euros, o que representa um aumento de 117,4 milhões de euros face ao período homólogo.
"Não obstante, regista-se uma evolução bastante positiva das retenções na fonte, em resultado da evolução favorável do emprego e das remunerações do trabalho”, acrescenta a DGO.
Quanto aos impostos indiretos, houve uma subida de 9,8% em junho de 2019 face ao mesmo mês de 2018. Esta, diz a DGO, é explica pela evolução do IVA, do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e do Imposto sobre o Tabaco. "O comportamento do ISP e IT, embora influenciado ainda pelo alargamento a 02 de janeiro de 2019 do prazo de pagamento de impostos nas tesourarias de finanças, devido à tolerância de ponto concedida no dia 31 de dezembro de 2018, começará a ter este efeito cada vez mais diluído", refere.