O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que está a desenhar o seu programa eleitoral de forma a conter o crescimento da despesa corrente anos 2 por cento, e reconheceu que é preciso redimensionar a Função Pública ou mesmo emagrecer o setor. "Temos de emagrecer, se possível, a Administração Pública", declarou numa entrevista de uma hora à Rádio Observador. Para o efeito, Rio considerou que "há serviços com falta de funcionários e serviços com funcionários a mais". Ou seja, é preciso avaliar a Administração Pública, perceber onde há carências ou não. E até deu exemplos: "Há professores a mais, infelizmente, o que significa que temos um problema de natalidade".
Na referida entrevista, Rio voltou a assumir que não pretende reverter as 35 horas semanais na Função Pública, isto porque "estar a desfazer é uma confusão de todo o tamanho".
O líder social-democrata voltou a desvalorizar as sondagens, ainda acredita na vitória, mas não quis falar de casos concretos de deputados excluídos nas listas. "Isso não respondo", avisou. Contudo, ficou a certeza de que será o número dois pelo círculo eleitoral do Porto, e todos os candidatos a deputados serão obrigados a assinar um compromisso de honra. Se forem condenados por um tribunal em primeira instância, suspendem o mandato. E se for "transito em julgado, demitem-se". assegurou Rui Rio. Sem esse compromisso assinado, não se entra nas listas.
Sobre o caso dos incêndios e a polémica entre o ministro da Administração interna e o autarca de Mação, Vasco Estrela, Rio foi claro: "Não achei bonito o Governo estar a sacudir a água do capote". O presidente social-democrata prometeu ainda visitar as zonas afetadas por estes dias.