“Está provado que, em sondagens, sou mau e realmente não tenho conseguido ao longo de toda a minha carreira política ganhar sondagens”, começou por afirmar Rui Rio, hoje, na Herdade do Chão da Lagoa, nas serras do Funchal, durante a festa do PSD Madeira, referindo-se às sondagens que preveem que o partido tenho o pior resultado de sempre nas legislativas. No entanto, o líder dos sociais-democratas desvalorizou as previsões, afirmando que é “muito melhor a ganhar eleições do que sondagens”.
Sobre as tensões dentro do partido devido à criação das listas de candidatos para Assembleia da República, Rio desvalorizou a situação, alegando que “não é verdade” que tenha afastado críticos da sua liderança das mesmas. “Todos os partidos, na altura de escolher pessoas, fazer listas de pessoas, neste caso para Assembleia da República, é sempre polémico e complicado. Toda a vida foi e toda a vida será”, acrescentou.
O líder dos sociais-democratas apelou ao voto no PSD/Madeira, recordando as vitórias do atual Governo Regional e elogiando o trabalho realizado por Alberto João Jardim e pelo seu sucessor Miguel Albuquerque. “Não vale a pena arriscar e estar a trazer o PCP e o BE para a esfera do poder [na Madeira] quando as coisas estão a correr bem”, apontou. Sobre as eleições de outubro, Rio voltou a criticar a carga fiscal implementada pelo Governo de António Costa e prometeu, caso vença as legislativas, baixar os impostos consoante a margem que o Orçamento de Estado permitir.
Jardim elogia Rio Antes da chegada de Rio às festas, Alberto João Jardim disse que o líder nacional do PSD é um dirigente diferente porque coloca em primeiro lugar o Estado, depois o partido e que pensa a “médio e longo prazo”, ao contrário dos outros líderes partidários que “só pensam em votos e ganhar eleições”, acrescentando que só Francisco Sá Carneiro fazia o mesmo. O ex-presidente do Governo Regional salientou ainda que está “100% de acordo” com a gestão que Rio tem feito nas listas: “Um líder que tem na Assembleia da República deputados que não seguem a sua orientação obviamente tem que pô-los fora”, explicou.