Classe política de férias sem esquecer legislativas

Líderes dividem-se entre o Algarve, Gerês, Viana do Castelo ou a ilha da Madeira.

O país já está a banhos e a classe política também não é exceção. A escassos meses das eleições, os líderes dos principais partidos políticos (com assento parlamentar) preparam uma curta pausa para descansar, desligar da atualidade, e retemperar forças para a campanha que aí vem. O presidente do PSD, Rui Rio, por exemplo, já está de férias com a família em Viana do Castelo. A pausa é de 15 dias, o tempo necessário para regressar e preparar uma campanha que se prevê, particularmente, difícil para os sociais-democratas.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, também irá fazer um pausa de alguns dias e divide-se entre a Madeira e o centro do país. Ontem, por exemplo, ainda esteve no concelho de Abrantes para mais uma edição do acampamento de jovens bloquistas.

Por seu turno, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, ruma ao Algarve esta semana para uma pausa de 15 dias em família. Porém, pode interromper as férias se a atualidade política o justificar. A ordem é mesmo essa: descansar, mas estar por perto porque o tempo é de pré-campanha eleitoral.

Já Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, tirou uns dias para descansar na última semana de julho. A pausa prolonga-se por agosto, mas o PCP não revelou o local escolhido, segundo a Lusa. Do lado do PEV, parceiro de coligação dos comunistas, Heloísa Apolónia está de férias até ao dia 18 de agosto, repartindo o descanso entre o Alentejo e a região do Oeste.

O primeiro-ministro, António Costa, também descansa alguns dias, mas sem nada muito definido. São curtas paragens ou fins de semana prolongados no Algarve. Este fim de semana, por exemplo, António Costa aproveitou para descansar no Algarve, depois da reunião semanal com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se realizou no Museu Municipal de Loulé.

O chefe de Estado tem previsto um período de férias de 15 dias, algures a partir de 12 de agosto, mas já antecipou um problema: não vai conseguir desligar da sua atividade. “Estima-se que sejam recebidos em Belém a partir dos primeiros dias de agosto cerca de 70 diplomas para apreciação do Presidente da República”, explicou Marcelo numa nota oficial publicada no site no passado dia 31 de julho.

Assim, Marcelo Rebelo de Sousa terá de avaliar dezenas de diplomas, alguns deles complexos, como o da lei de bases da Saúde ou as alterações à legislação laboral, em pleno mês de férias.

André Silva, do PAN, também fica em território nacional e está no Gerês até 10 de agosto. No passado o rosto principal do partido passou férias no estrangeiro, em países como a China, Nepal e Espanha. Desta vez, porque as eleições legislativas realizam-se dentro de dois meses, o deputado optou por umas férias a descansar no Norte do país.