Um juiz de instrução criminal decidiu que um homem suspeito de agredir e abusar sexualemnte dos seus três filhos menores não deveria ir a julgamento.
O homem estava acusado de 78 crimes de abuso sexual de criança agravado, agravado, 39 de pornografia de menores agravado e três de violência doméstica agravado mas o juiz considerou não existir provas suficientes para comprovar as acusações. Segundo a acusação, os abusos teriam começado depois dos pais dos menores se terem separado, em 2011 até 2013, em que o suspeito deixou de poder ver as crianças.
As crianças acusaram o homem de os obrigar a ver filmes pornográficos e de os fazer imitar algumas das cenas dos filmes e fotografá-los. Se dissessem que não, o pai batia-lhes.
Durante a investigação à casa do pai dos menores, nenhuma prova foi encontrada. O arguido não tinha acesso a canais de televisão que passassem vídeos pornográficos e o histórico do computador também não mostrava nenhum conteúdo suspeito.
"Estas denúncias de abusos sexuais mais não são do que tentativas de utilizar o processo crime como arma de arremesso relativamente ao processo de regulação do poder paternal que está a correr nos tribunais, com sucessivos incumprimentos por parte da mãe, que tem impedido o pai de ver as crianças” declarou a advogada de defesa à agência Lusa.
O pai das crianças não está com os filhos desde 2013, devido à demora da decisão instrutória. "Como o pai já não estava com as crianças antes da apresentação da queixa, isto significa que há seis anos ele não tem qualquer contacto com os seus filhos. Isto é algo que não pode acontecer”, critica. O homem está "muito feliz" por voltar a poder estar com as crianças mas lamenta toda a situação pois sente que “nunca mais vai recuperar o tempo que passou sem os filhos”.