O Governo marcou uma reunião para as 16 horas desta sexta-feira no Ministério das Infraestrutura e Habitação. Na reunião marcará presença Pedro Pardal Henriques, porta-voz e vice-presidente do Sindicato Nacional de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento, Presidente do SNMMP, e o ministro Pedro Nuno Santos.
À chegada à reunião, Francisco São Bento avançou que esta foi uma reunião marcada pelo Governo e que não sabe se a Antram estará presente. O responsável avança ainda que a reunião só será suspensa caso se iniciem negociações.
Recorde-se que, depois de ter dito que iriam manter a greve, o SNMMP admitiu, esta sexta-feira, a suspensão da paralisação até domingo, dia em que decorrerá um plenário nacional de motoristas de cargas perigosas.
“Face à nomeação, hoje, de um mediador da DGERT para dar início às negociações com a ANTRAM, o SNMMP entendeu que estão criadas as condições necessárias pata todas as partes se sentarem à mesa”, lê-se num comunicado.
No entanto, como a RTP começou por avançar, fonte do Executivo desmetiu a nomeação de qualquer mediador da DGERT.
À TSF o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social afirmou que rejeitou mediar as negociações entre o SNMMP e a ANTRAM por não estarem "reunidas as condições de serenidade", já que os motoristas não suspenderam a greve.
O gabinete do ministro Vieira da Silva esclarece ainda que "o SNMMP requereu ontem, 15 de agosto, junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) o processo de mediação para resolver o conflito instalado entre este sindicato e ANTRAM. Na mesma tarde de ontem, a DGERT nomeou como mediadora uma técnica desta Direção-Geral, que, de imediato, deu início ao processo de mediação".
"Foi enviada uma comunicação escrita à ANTRAM durante a tarde de ontem, dando conta do requerimento do SNMMP. A ANTRAM respondeu à mediadora da DGERT ao início da noite, afirmando que, sem prévio levantamento da greve, a mediação se encontra condenada ao seu insucesso, por não estarem minimamente reunidas as condições de serenidade que devem presidir a um processo de mediação", adiantou o Ministério do Trabalho, citado pela mesma estação de rádio.