O Governo comprou a empresas italianas e distribuiu pelos centros de saúde nacionais algumas tabelas destinadas a avaliar a acuidade visual dos pacientes que continham um palavrão.
As letras “F”, “O”, “D”, “E” surgem juntas na quarta linha da tabela optométrica e têm mesmo levado a que o assunto seja comentado, com algum humor, nas redes sociais.
Segundo o Jornal de Notícias, a compra desta tabela foi autorizada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), num acordo quadro do final de 2015, e tem sido executada por cada Administração Regional de Saúde.
A tabela em questão é fabricada pelas empresas italianas Moretti e a GIMA, e vendida por distribuidores nacionais.
Ao Jornal de Notícias, fonte oficial dos SPMS confirmou que se tratou de um lapso e que tal aconteceu devido ao facto "de a empresa fabricante ser italiana e, para eles, a palavra não lhes diz nada". De acordo com a mesma fonte, o palavrão "já tinha sido detetado" e o problema "foi reportado a todas as Administrações Regionais de Saúde" do país, no sentido de se avançar "com o processo de substituição", que já "está em curso".
Em declarações ao mesmo jornal, Raúl Alberto Sousa, presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), referiu que o palavrão constitui "um perturbador da consulta" não desejável e que é distração que prejudica a realização do exame, já que estas tabelas devem ser lidas letra a letra e não a palavra como um todo.