Gwyneth Paltrow foi uma figura chave para desmascarar Harvey Weinstein, o produtor de Hollywood que foi acusado de assédio e agressão sexual por mais de 80 mulheres.
A revelação é feita no livro “She Said: Breaking the Sexual Harassment Story That Helped Ignite a Movement", escrito pelas jornalistas do The New York Times que revelaram as primeiras acusações contra o poderoso produtor de cinema em 2017 e que estará à venda a partir desta terça-feira.
De acordo com a publicação, a atriz trabalhou com as jornalistas que investigaram o produtor, de 67 anos.
"Paltrow teve um papel muito mais ativo do que qualquer outro. Mas foi assustador para ela, porque Harvey Weinstein tinha sido uma influência muito importante", disse à CBS a jornalista do New York Times Jodi Kantor.
No livro são ainda dados novos detalhes sobre a agressão de Harvey Weinstein a Gwyneth Paltrow, agora com 46 anos, na altura em que tinha 22 anos.
“Ela recebeu um fax de seu agente a dizer para onde deveria ir. Então, ela foi para o hotel. A reunião foi bastante normal e, no final, ele disse-lhe: 'Vamos terminar no quarto'", revelou a jornalista, contando ainda que, posteriormente, a atriz recusou e contou tudo ao seu namorado na altura, Brad Pitt.
O ator terá mesmo chegado a ameaçar o produtor depois deste episódio.
Segundo Jodi Kantor, o produtor não se sentiu intimidado e ameaçou a atriz, dizendo que iria arruinar a sua carreira caso contasse alguma coisa.
O livro publica ainda integramente uma carta escrita ao produtor pelo seu irmão, Bob Weinstein, em 2015 e detalha como uma advogada de Harvey Weinstein tentou manchar a reputação das suas supostas vítimas. Além disso, identifica fontes e vítimas antes anónimas e contém novas informações sobre a rede de acordos legais secretos que mantiveram ocultas as acusações.