A Universidade de Coimbra anunciou, esta terça-feira, durante a cerimónia de receção aos estudantes, que vai eliminar a carne de vaca das cantinas universitárias, a partir de janeiro de 2020.
O reitor, Amílcar Falcão, pretende que a Universidade de Coimbra se torne “a primeira universidade portuguesa neutra em carbono” até 2030 e ao proibir "aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal” garante estar no caminho certo.
A carne de vaca irá ser substituída por outros ingredientes que ainda vão ser estudados, segundo o reitor. “Vivemos um tempo de emergência climática e temos de colocar travão nesta catástrofe ambiental anunciada”, sublinhou.
Durante o mesmo discurso ambiental, o reitor disse que os produtos de plásticos presentes no kit dos novos estudantes vão deixar de existir e ser substituídos por objetos metálicos e as embalagens e utensílios descartáveis por paletinas de madeiras e palhinhas de papel.
Amilcar Falcão garante que vão ser tomadas medidas contra o desperdício alimentar e que irão ser colocados ecopontos e contentores para os diversos tipos de resíduos, na universidade. Ainda convidou os novos alunos universitários a aderirem ao programa "UC.Plantas", que consiste na plantação de árvores no jardim Botânico, para depois serem transferidas para outros espaços da região, com o intuito de reflorestar "zonas devastadas por incêndios ou por tempestades, como foi o caso Leslie".
"Eu creio que o maior impacto é a consciencialização das pessoas para o problema. Aquilo que é mais dramático é ver os líderes mundiais a não perceberem que está em causa o futuro do planeta e dos nossos jovens, dos nossos filhos e netos e, isso, é demasiado preocupante para não alertarmos para o problema, mesmo que sejam pequenos gestos”, disse, aos jornalistas presentes.