Uma família norte-americana alega que o seu filho, de cinco anos, que sofre de autismo, foi rotulado de “agressor sexual” por abraçar um colega de turma.
De acordo com o canal de televisão local WJLA, os funcionários da escola East Ridge Elemntary School, no Tennessee, onde Nathan estuda, garantem que a criança foi avisada várias vezes, mas que ultrapassou o limite ao abraçar outra criança.
A mãe de Nathan, Summery Putman, revelou que a escola apresentou um relatório que ficará público para o resto da vida do menino.
Summery Putman recorda que recebeu uma chamada da professora do filho no início de setembro. “A professora ligou-me e disse ‘ Precisa de ter uma conversa com o Nathan sobre limites’”, começou por dizer a mãe, citada pelo WJLA.
A professora terá dito que o menino ultrapassou o limite e acusou-o de atividades sexuais, depois de este abraçar outra criança e beijá-la na bochecha.
A mulher refere que devido ao autismo, Nathan não compreende muitas vezes determinados sinais socias. No entanto, defende que não foi o caso.
Através do Facebook, a avó de Nathan, Debi Amick, fez um longo desabafo sobre a situação.
"O que devemos fazer quando uma criança de cinco anos é rotulada como predadora sexual e acusada de assédio sexual pelo sistema escolar? Foi divulgado que permanecerá no seu registo para o resto da vida que ele é um criminoso sexual. Esta criança é autista, ele compreende e funciona de uma maneira muito diferente de uma criança típica de cinco anos. O que deves fazer? A quem deves pedir ajuda quando a escola nem sequer ouve o médico da criança quando este explica as dificuldades da mesma em compreender coisas como limites. Se alguém puder oferecer conselhos ou ajudar, por favor, sinta-se à vontade para comentar ou enviar uma mensagem para mim ", escreveu na rede social, acrescentando que o menino não deveria ser tratado assim e que nem “percebe o que sexo significa”.
Nathan mudou de sala de aula e de professor e foi matriculado nos serviços de educação especial.
Contactada pelo NewsChannel9, a escola recusou-se a responder se a professora em questão enviou um relatório para o Departamento de Serviços para Crianças com a acusação, alegando que tal informação é confidencial.