A cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos pode não vir a acontecer tão cedo como era esperado. De acordo com uma declaração emitida pelo governo de Kim Jong-Un, lançada esta sexta-feira pela agência de notícias estatal KCNA, a Coreia do Norte acusa o Presidente norte-americano de não ter cumprido com as medidas estipuladas no primeiro encontro entre os dois países, realizada em Singapura, em 2018.
"Pelo contrário, os EUA retomaram as suas manobras militares conjuntas que o Presidente [dos Estados Unidos] prometeu pessoalmente suspender", pode ler-se na nota. O assessor do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Kim Kye-gwanm, acusa ainda Trump de ter "intensificado as sanções e pressões" sobre o país e de ter "deteriorado as relações bilaterais".
Durante uma conferência de imprensa realizada na quarta-feira, os serviços de informação da Coreia do Sul mostraram ter expectativas sobre a marcação de uma possível reunião entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, para as próximas semanas, para ser discutida a desnuclearização da península coreana. Se os resultados das negociações se mostrassem positivos, era então expectável que ocorresse a cimeira entre Kim e Trump, antes do final do ano.