Nome completo: Joacine Elysees Katar Tavares Moreira
Idade: 37 anos
Profissão: Investigadora
Frase da campanha: “Eu gaguejo quando falo, não quando penso. O perigo na Assembleia é os indivíduos que gaguejam quando pensam”
Nascida na Guiné-Bissau, veio para Portugal com oito anos, no início dos anos 90, depois de a avó, uma enfermeira guineense, ter decidido enviá-la para um colégio de freiras perto de Mafra. É a mais velha de 11 irmãos. “Sou mulher, sou negra, venho de uma família com dificuldades económicas e, como se não bastasse, ainda gaguejo impecavelmente”, resumia numa entrevista ao DN.
Na página do Livre, apresentava-se assim: “Sou uma mulher feminista interseccional e ativista anti-racista, lutando pela justiça social e pelo reconhecimento dos setores historicamente marginalizados da nossa sociedade”.
Licenciou-se em História Moderna e Contemporânea e, no ano passado, defendeu a sua tese de doutoramento em Estudos Africanos, com o título “A cultura di matchundadi (masculinidade/virilidade) na Guiné-Bissau: Género, Violências e Instabilidade Política”.
Também em 2018 fundou o INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal, que luta contra a invisibilização e o silenciamento das mulheres negras no país.
Nas últimas legislativas, já tinha sido membro da Assembleia do Livre e candidata do partido por Lisboa.