Assunção Cristas declarou considerar natural que o PS forme Governo e garantiu que o CDS-PP será "uma oposição construtiva", depois de ter sido recebida por Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
"Exprimimos ao senhor Presidente da República aquilo que tem sido sempre a posição do CDS e o compromisso com quem confiou o voto no CDS, que é sermos uma oposição a um Governo socialista que naturalmente sairá destas eleições, em consonância com o resultado eleitoral", declarou aos jornalistas a líder do CDS-PP.
Cristas afirma ainda que o CDS não se opõe à indigitação de António Costa como primeiro-ministro. "Com certeza que não, é líder do partido mais votado. Tive a oportunidade de o felicitar pelo resultado das eleições", declarou. "Faremos aquilo que temos feito, uma oposição sempre construtiva, sempre representando aqueles que confiaram em nós", prometeu.
Durante a conferência, a presidente do CDS-PP decidiu não falar sobre o seu futuro enquanto deputada. Na noite das eleições, Cristas anunciou que iria deixar a liderança do partido, devido aos resultados obtidos ser um dos piores de sempre.
Nas legislativas de domingo, o CDS-PP teve 216.448 votos em território nacional, 4,25% do total, elegendo cinco deputados, quando falta ainda contabilizar a votação nos círculos da emigração.
O CDS-PP elegeu duas deputadas pelo círculo de Lisboa, Assunção Cristas e Ana Rita Bessa, uma deputada pelo círculo do Porto, Cecília Meireles, um deputado pelo círculo de Braga, Telmo Correia, e outro por Aveiro, João Almeida.