"Para o PS a Geringonça não morreu", declarou Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, esta sexta-feira, depois de Catarina Martins ter reagido à decisão do partido liderado por António Costa de não realizar acordos escritos. "Existe total disponibilidade para trabalhar com os vários partidos nos moldes e nos termos que temos vindo a trabalhar e tão bons resultados deram para Portugal" acrescentou Duarte Cordeiro.
A líder bloquista referiu esta tarde que apresentou a António Costa "um documento propondo uma metodologia e bases políticas para a negociação de um acordo de legislatura em que a autonomia política dos partidos coexistisse com mediadas de estabilidade na recuperação de direitos e rendimentos". Segundo Duarte Cordeiro, "o PS não partilhava das prioridades do BE nesse documento", o que originou a decisão do partido socialista em não realizar nenhum acordo escrito.
"Ontem, o secretário-geral do PS contactou a líder do BE, Catarina Martins, para a informar de que o PS não partilhava das prioridades do BE nesse documento e que, dessa forma, o PS pretendia prosseguir a outra forma de entendimento colocada em cima da mesa, em tudo idêntica à dos últimos quatro anos, ou seja: trabalho prévio para a discussão dos Orçamentos do Estado assim como de outra legislação estruturante”, declarou o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
"São profundamente conhecidas as posições públicas que o Partido Socialista assumiu durante a campanha eleitoral – a legislação do trabalho foi recentemente publicada – é óbvio que o PS tem divergências nestas matérias com o Bloco de Esquerda mas também com outros partidos como o PCP", acrescentando que era "evidente" e "claro durante a campanha eleitoral" que a prioridade do PS nesta matéria "é um acordo para a valorização dos rendimentos e dos salários.
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