Pé ante pé, a seleção nacional deu mais um passo rumo à presença no Campeonato da Europa do próximo ano. Neste caso, três passos – que é como quem diz, três golos: 3-0 foi o resultado final na receção ao Luxemburgo, no quinto de oito jogos a disputar nesta fase de apuramento.
A exibição de Portugal na partida de Alvalade não fugiu muito ao que já se tornou um verdadeiro padrão no reinado de Fernando Santos como selecionador: muita posse de bola, muito controlo territorial e posicional… e muito pouca velocidade e momentos de vertigem e emoção. Esteticamente, não será o mais agradável dos estilos; em termos resultadistas, pouca gente poderá criticar o homem que garantiu os dois primeiros títulos para o país em futebol sénior (o Europeu, em 2016, e a Liga das Nações, no último verão).
E assim foi mais uma vez: a seleção encantou muito pouco, mas venceu. Bernardo Silva abriu o marcador aos 16 minutos, depois de belíssima jogada a envolver Bruno Fernandes e Nélson Semedo; depois, só na segunda parte voltou a haver motivos para celebrar: primeiro pelo inevitável Cristiano Ronaldo, que recuperou a bola à entrada da área luxemburguesa e finalizou com um chapéu sublime sobre o guarda-redes adversário (65'), e já em cima do minuto 90 pelo recém-entrado Gonçalo Guedes, na sequência de um canto.
Portugal soma agora 11 pontos, menos cinco que a Ucrânia, precisamente o próximo adversário da equipa das Quinas (segunda-feira às 19h45 em Kiev). Os ucranianos, que têm mais um jogo realizado, receberam e venceram a Lituânia por 2-0 e têm já praticamente garantido o apuramento para o Europeu, tal como Portugal, que só precisa de vencer os dois últimos jogos, em casa frente à Lituânia e na deslocação ao Luxemburgo; para chegar ao primeiro lugar do Grupo B, porém, terá de vencer também em Kiev.