André Ventura defende que os portugueses devem ser consultados sobre a eutanásia. A questão foi colocada pelo CDS no debate sobre o programa do Governo, mas António Costa preferiu não responder à pergunta sobre qual é a posição do Executivo.
«O Chega vai opor-se veementemente e quer liderar o processo contra a eutanásia. Suspeito que será a grande moeda de troca dos apoios parlamentares do Bloco de Esquerda aos Orçamentos do Estado. Se toda a esquerda se unir e aprovar a eutanásia, desafiaremos o PSpara um referendo nacional sobre o tema», diz ao SOL o deputado do Chega!. Ventura desafia ainda António Costa a esclarecer publicamente qual é a sua posição sobre a morte medicamente assistida. Costa não respondeu às perguntas da direita no debate sobre o programa do Governo, mas já esclareceu publicamente que é favorável – uma posição assumida no congresso do PS, em abril de 2018.
André Ventura estreou-se esta semana no Parlamento e na sua primeira intervenção lembrou o caso Sócrates. «Hoje é um dia especial. Um ex-primeiro-ministro socialista está a ser ouvido sobre corrupção. O que traz este programa sobre corrupção? Absolutamente nada», afirmou o deputado do Chega!
Ao SOL, André Ventura contesta as condições dadas aos pequenos partidos no Parlamento e acusa a RTP de discriminar o Chega!. «A RTP interrompeu a emissão quando ia começar a discursar», garante.
Iniciativa Liberal diz que o PS não aprende
O Iniciativa Liberal também se estreou no Parlamento com críticas ao Governo, Na sua primeira intervenção, João Cotrim Figueiredo defendeu que há uma diferença «enorme» entre o que o país precisa e o programa do Governo socialista. «O PS não aprende porque não quer aprender. Sabe que mantendo um país amorfo e resignado tem sempre um grupo de pobres, de desesperados, de dependentes do Estado que lhe irão dar o voto».
Joacine defende imigrantes
Joacine Katar Moreira começou a sua primeira intervenção a defender que «os imigrantes e as minorias étnicas necessitam de ser olhados com o mesmo respeito e com a mesma importância que os emigrantes e os lusodescendentes». Uma das principais bandeiras do Livre é a nacionalidade imediata para filhos de imigrantes e Joacine questionou António Costa sobre esta matéria. O primeiro-ministro prometeu «avaliar bem» as alterações à lei da nacionalidade.
Joacine defendeu ainda que «não há nenhum combate às desigualdades com ordenados mínimos absolutamente miseráveis».