Morreram quase três mil pessoas em Portugal devido à poluição atmosférica registada em 2016

Média nacional está nas 28,3 mortes por 100 mil habitantes.

Duas mil e oitocentas pessoas terão morrido em Portugal, em 2016, devido à poluição atmosférica. Esta é uma das conclusões do relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) “Health at a Glance 2019”.

Segundo o mesmo relatório, a poluição atmosférica terá causado cerca de 40 mortes por cada 100 mil habitantes dos 36 países que pertencem à OCDE. Quanto a Portugal, estima-se que a média nacional esteja um pouco abaixo, fixada nas 28,3 pessoas por cada 100 mil habitantes que morreram devido à poluição atmosférica. Contudo, a OCDE considera que a média portuguesa se encontra próxima da média dos 36 países.

Segundo o “Health at a Glance 2019”, os países da OCDE que em 2016 registaram um maior número de mortes ligadas à poluição atmosférica foram a Letónia, Hungria e Lituânia, todos eles com mais de 80 mortes por cada 100 mil habitantes.

Na ponta aposta deste quadro da OCDE sobre quatro fatores de risco para a saúde humana – poluição atmosférica, excesso de peso, impacto do tabaco e impacto do álcool – surgem a Nova Zelândia, o Canadá e a Austrália. Todos eles apresentam menos de 17 mortes por cada 100 mil habitantes.

A OCDE aponta que as projeções atuais preveem que a poluição do ar poderá causar entre seis a nove milhões de mortes por ano, em todo o mundo, até 2060. “A poluição atmosférica é já uma das principais causas de morte e incapacidade e o seu impacto no futuro poderá aumentar se não houver uma ação política adequada”, refere o documento. O relatório refere ainda o impacto das temperaturas extremas na saúde e das alterações climáticas, tal como a necessidade de políticas intersetoriais para minimizar o seu efeito.