Rosa Grilo. Alegações finais do julgamento adiadas para a semana

Defesa de António Joaquim apresentou novos documentos 

As alegações finais do julgamento de Rosa Grilo e do amante António Joaquim, acusados do homicídio do triatleta Luís Grilo, foram adiadas para a próxima semana devido à chegada de novos documentos ao tribunal. Recorde-se que as mesmas alegações estavam marcadas para ontem, após a audição de quatro testemunhas.

Os documentos foram apresentados pela defesa de António Joaquim, estando assim em falta a “apreciação de um requerimento de prova”. A defesa da ex-mulher de Luís grilo foi apenas notificada sobre esses documentos na segunda-feira à tarde, pelo que corre agora o prazo para que a defesa se pronuncie sobre os mesmos documentos.

Ontem, na 10.ª sessão de julgamento no Tribunal de Loures, foram, por isso, apenas ouvidas quatro testemunhas, nomeadamente dois especialistas em balística da Polícia Judiciária e dois professores em criminologia. Todos eles foram chamados pela defesa de António Joaquim.

À saída do tribunal, Ricardo Serrano Vieira, advogado de António Joaquim, disse aos jornalistas que pensa “estar demonstrado” que houve contaminação de prova. “Aquilo a que assistimos aqui hoje vem reforçar as anteriores sessões e vem demonstrar claramente aquilo que a defesa tem vindo a dizer”, afirmou Ricardo Serrano Vieira.

Já Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, assumiu à entrada em tribunal estar convicta da inocência da sua cliente. Era esperado que nesta sessão estivesse presente uma psicóloga para testemunhar a favor da viúva do triatleta, contudo esta não pôde estar presente, pelo que a defesa prescindirá da mesma, segundo a advogada de Rosa Grilo.

Segundo o Ministério Público, o crime terá sido cometido para que a dupla assumisse a relação e ficasse com os 500 mil euros em indemnizações de seguros e montantes depositados em contas bancárias cujo titular era Luís Grilo.