O Livre apresentou um projeto de resolução para dar a Aristides de Sousa Mendes honras de Panteão Nacional.
Nesta que é a sua primeira iniciativa parlamentar, o partido representado por Joacine Katar Moreira enaltece esta “figura heroica da memória portuguesa”, que “priorizou a consciência ética sobre os ditames da lei de um estado fascista. Nesse gesto, de dissidência, salvou milhares de vidas da morte por decreto, da perseguição, e da cultura de violência do regime nazi”.
“Conceder a Aristides de Sousa Mendes honras do panteão é reconhecer oficialmente uma referência ética e cívica para todas e todos. É, pois, imperativo que o Estado Português reconheça Aristides de Sousa Mendes através da sua panteonização para que o possamos também reconhecer em cada um de nós”, defende o Livre.
O partido enaltece ainda a necessidade “de se repor a justiça em relação a um cidadão português que se distinguiu não só no exercício de um alto cargo público mas, precisamente, na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade”.
Aristides de Sousa Mendes nasceu em Cabanas de Viriato a 19 de julho de 1885 e morreu em Lisboa a 3 de abril de 1954. Enquanto cônsul de Portugal em Bordéus, ajudou mais de 30 mil pessoas a fugirem das tropas nazis durante a Segunda Guerra Mundial, desobedecendo às ordens de Salazar.