Miguel Pinto Luz lançou a candidatura à liderança do PSD com elogios a Sá Carneiro, Cavaco Silva e Passos Coelho e com críticas à atual liderança de Rui Rio. No Pátio da Galé, em Lisboa, Pinto Luz rejeitou um PSD a “disputar o campeonato pequeninos” e uma liderança que “só gosta de uma parte” do partido. “Isto não é o meu PSD”. garantiu na abertura do discurso.
O candidato e autarca em Cascais considera que o partido “deixou de inspirar” as camadas mais dinâmicas e mais criativas da sociedade e assim não ganha eleições, porque só consegue crescer quando apresenta “algo de novo ao país”. O que aconteceu com Sá Carneiro quando se “uma referência incontornável na construção da democracia liberal de estilo europeu”. Com Cavaco Silva por ter dado “um novo impulso à economia portuguesa”. E com Passos Passos Coelho quando “voltou a ser portador de valores reformistas” e foi possível recolocar o país “novamente na rota do crescimento económico”.
A seguir, Pinto Luz voltou a criticar aqueles que querem “silenciar as vozes críticas”, em mais uma indirecta para Rui Rio, e prometeu vencer as autárquicas e liderar o Governo. “O PSD será a nova escolha dos portugueses, e nunca por nunca a segunda escolha do PS. A tarefa que me proponho é liderar uma oposição de confiança capaz de conduzir o PSD novamente ao governo de Portugal”.
A geringonça não escapou às críticas do número dois da câmara de Cascais. Deixou “os serviços públicos em colapso” e muitas “marcas negativas”. Para o candidato à liderança, o PS “é mau gestor e péssimo decisor. Usa o Estado a favor dos seus interesses e clientelas”.
No dia em que lançou a candidatura, Pinto Luz recebeu o apoio de Marco António Costa. O ex-governante garantiu que “é um grande quadro do PSD que merece a pena conhecer e apoiar” e até lembrou que Cavaco Silva também era “desconhecido” quando, em 1985, venceu o congresso da Figueira da Foz.